Há muito tempo Dr. Lloyd-Jones é reconhecido como expositor minucioso de passagens bíblicas e em nenhum lugar se vê com maior vantagem o método dele do que na sua exposição da Epístola aos Romanos. A série sobre esta, possivelmente a mais grandiosa de todas as Epístolas, foi pregada originalmente às sextas-feiras à noite na Capela de Westminster entre outubro de 1955 e março de 1968, e entrará na história como um marco no meio do século XX. Este, o primeiro em inglês, trata de capítulo 3:20 a 4:25. Neste, o pregador caminha passo a passo através do raciocínio gigantesco do apóstolo Paulo sobre a expiação e a justificação; todavia, a detalhada exposição não ofusca uma visão clara da Epístola na sua totalidade. De fato, é mostrado constantemente ao leitor como cada seção se ajusta ao tema integral do plano de salvação provindo de Deus. A Epístola aos Romanos tem um profundo significado para os dias atuais e a forma sermonária, dirigida diretamente ao ouvinte, torna cada exposição clara e cativante.
E a vida do homem (é) solitária, pobre, sórdida, brutal e curta”, escreveu Thomas Hobbes em Leviathan. Os cristãos não podem escapar dos altos e baixos da vida, e um dos vultos mais cientes disso foi o apóstolo Paulo. Quando escreveu aos membros da igreja que ele tinha ajudado a estabelecer em Filipos, estava sofrendo encarceramento, provavelmente com a execução não muito distante.
Os sermões sobre este primeiro capítulo de Efésios, iniciados na Capela de Westminster aos domingos de manhã no outono de 1954, evidenciam ser o ponto inicial do tratamento prolongado que o autor deu a vários livros do Novo Testamento. A esta altura o Dr. Lloyd-Jones já tinha 25 anos do ministério pastoral, e suas convicções sobre como se deve ensinar as Escrituras estavam plenamente amadurecidas. Os sermões sobre Efésios foram, portanto, em certo sentido, um novo ponto de partida. A aérie sobre Romanos viria a seguir em 1955.